O grande dilema de quem trabalha com tecidos é o que fazer com os retalhos que sobram após a tiragem de um produto. Afinal não se trata de uma tarefa sustentável. Para vocês terem ideia, segundo a Folha de SP somente a região do Brás e Bom Retiro são gerados 20 toneladas de retalhos por dia, que são recolhidos como lixo comum.
Esse sempre foi o problema da figurinista e cenógrafa Lu Bueno, que depois de juntar aproximadamente 500kg de tecido resolveu que era hora de mudar o ciclo das coisas e dar um novo uso para seus retalhos.
Depois de conversar com alguns amigos ela encontrou uma solução bastante inteligente para transformar sua matéria-prima em produto novamente: criar um banco de tecidos, com objetivo de: armazenar, trocar e vender o material descartado.
A partir dessa ideia ela procurou ajuda do SEBRAE para organizar, planejar e formalizar esse negócio em anexo a LUPA, sua empresa de cenografia e figurino. Em janeiro de 2015 o BANCO DE TECIDO foi oficialmente inaugurado na Vila Leopoldina em São Paulo.
O local funciona como um grande acervo de tecidos que são organizados por cor e tipo (tecido plano e malha); Os tamanhos também variam bastante: é possível encontrar desde tecidos 5x5cm até rolos com 10 m.
Todos os tecidos são vendidos à R$ 35,00 o quilo. Outra vantagem é o sistema de troca: quem deposita X quilos de retalhos tem direito de retirar os mesmos X quilos do banco. Fora a comodidade de não precisar ir em um grande centro comercial como a 25 de março ou o Brás para comprar um pedaço de pano;
Luciana conta que o giro dos tecidos é muito grande. E quem movimenta a casa são os chamados “correntistas”, ou seja, pessoas ou empresas que estão sempre buscando novos tecidos e depositando sobras.
Outro aspecto interessante é o valor agregado dos tecidos: muitos compradores, inclusive de outras regiões, tem dado preferência aos tecidos do banco, já que são de reuso. Por enquanto, só existem 2 unidades: uma em São Paulo e outra em Curitiba, porém, Lu Bueno diz que daqui a algum tempo, a ideia é que cada cidade ou região tenha seu próprio Banco de Tecido.
Eu, particularmente, me apaixonei pelo acervo. Lá tem tanto tecido lindo e diferente que dá vontade de levar tudo pra casa. Outra coisa boa é que posso comprar pequenos pedacinhos sem o menor problema. Isso é ótimo pra quem trabalha com artesanato como eu, ou com patchwork, por exemplo.
Ao meu ver, além de ser dentro do meu bairro, o atendimento feito pela Andressa (braço direito da Lu) é um diferencial, pois é muito mais amigável e pessoal. Isso tem tornado o banco não só um depósito de tecidos, mas também um local de encontro para estudantes e profissionais da área, que muitas vezes, passam o dia lá, segundo a Andressa, estudando, conhecendo os tecidos e trocando experiências.
Se você ficou curioso pra conhecer o Banco de Tecido fica na Rua Campo Grande, 504 – Vila Leopoldina – São Paulo Capital. O telefone de lá é (11) 4371-3283. Funciona de 2ª a 6ª das 9:30 às 18h.
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Como que eu faço para entrar em contato com o banco de retalho